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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

50 Tons de preconceito


As vésperas da chegada do filme “Cinquenta tons de cinza” no cinema percebemos 2 vertentes: as pessoas que leram o livro, gostaram da história e  portanto estão contando os dias para assistir a trama no cinema e o outro lado que é repleto de preconceito, falta de informação e pré julgamentos. Claro que alguns leitores não gostaram tanto assim do livro, claro que o filme pode deixar a desejar como acontece com a maioria das obras literárias que viram filmes. Mas o que mais incomoda no momento é o preconceito para com aqueles que gostaram do livro e não tiveram vergonha de assumir isso. Considerado um fenômeno entre as mulheres a trilogia “Cinquenta tons de cinza” esta sendo alvo de textos de pessoas que por serem religiosas se acham no direito de julgar o que é certo e o que é errado na literatura, chegando a sugerir que estamos patrocinando a indústria mundial de perversão demoníaca e ajudando criminosos a abusar de crianças e de pessoas inocentes em todo o mundo. Chega a ser ridícula essa frase, mas foi o que li num blog de um religioso. Sabe o que eu acho mais engraçado? Ver as pessoas julgarem o que a outra gosta ou não. Eu gostei do livro e espero assistir o filme tão logo ele estreie. Gostei da trama, gostei dos personagens, enfim gostei de tudo!! Sou pervertida? Não e se fosse? Quem paga minhas contas? Ao contrário de muitos por ai que escondem atrás de uma religião eu sou o que sou, se gostei do livro que segundo o religioso transmite uma doutrina de que as mulheres devem encarar o abuso e a violência como algo nobre e corajoso, significa apenas que eu “curto” uma leitura provocante e não que eu goste de apanhar, que eu “curto” uma leitura que fala de sexo casual e não que eu goste de transar com qualquer um que me apareça pela frente. Enfim sabe o que significa eu ter gostado do livro? Significa apenas que eu adoro livros, sejam eles pornográficos, espiritas, românticos, biografias… Sou uma pessoa eclética e desde que a leitura me prenda eu lerei qualquer livro que me apareça a frente. Mas já que a semana começou cheia de “julgamentos” talvez valesse a pena julgar quem vai à igreja e fora dela parece o capeta de tanta coisa ruim que faz para o próximo, sim isso mesmo: fofoca, mentiras, falta de ética, traição (outras coisas quem nem vou citar aqui para não ser “julgada”) por acaso é algo aceitável? Não estou generalizando, pois existem também as pessoas boas lá dentro, mas no momento estou julgando as más! Sim e existem muitas viu? Mas agora vamos parar de julgar, gostei muito disso não pois por incrível que pareça não me levou a nada. Será que quem julga os outros assim sem noção do que fala ganha algo com isso? Temos que parar de olhar a nossa volta julgando as pessoas pelo que gostam, pelo leem, pela música que ouvem. Parar de apontar o dedo para aquilo que nós consideramos errado. O meu errado pode ser o seu certo. Ao invés de falar do gosto literário de quem gostou do livro esse religioso podia usar a força que tem para nos ajudar a acabar com a corrupção, com as drogas, com a pedofilia e com muitas outras coisas nojentas que existem em nossa sociedade, assuntos sobre os quais leio muito mas nem por isso sou adepta.

P.S. comecei a ler o texto completo no blog que citei, mas desisti na parte em que ele fez propaganda do livro dele ou da igreja dele sei lá… Sou eclética, mas só 99,9%!

Texto para a minha coluna no site O Prozeirão

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